Você já ficou descendo seu feed do Facebook e viu um vídeo com uma receita deliciosa preparada em alguns segundinhos? Rápida, (aparentemente) fácil e você nem precisou ativar o som para entender? Pois é, esse é um bom exemplo da maneira como o Facebook incorporou vídeos aos seus posts e do motivo de estar fazendo tanto sucesso.

Atualmente, o Facebook tem mais de 2 bilhões de usuários. Desses, 500 milhões assistem a 100 milhões de horas de vídeo por dia na rede social! Se considerarmos que a funcionalidade de vídeos é nova (lives por exemplo, foram liberadas em abril de 2016), o crescimento é impressionante.

Os vídeos nativos com reprodução automática foram lançados no final de 2013. A empresa achou que o feed não era dinâmico o suficiente e pensou em formas de melhorá-lo. A inspiração veio da magia: o jornal Profeta Diário dos filmes de Harry Potter. Nas páginas desse jornal, as fotos se mexem, e foi isso que o Facebook quis criar. UALL!

O momento da virada

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Desafio do Balde de Gelo Facebook

Na metade do ano de 2014, surgiu o Desafio do Balde de Gelo, para conseguir doações para entidades que cuidam de pacientes com esclerose lateral amiotrófica (ELA). Você se lembra, não? Pessoas e mais pessoas virando baldes de gelo sobre suas próprias cabeças e publicando a experiência online. Celebridades, políticos, o próprio Mark Zuckerberg e até seu vizinho, todo mundo participou.

Os vídeos do desafio geraram um total de 10 bilhões de visualizações e serviram de alavanca para os vídeos nativos do Facebook. Essa atenção toda que eles receberam levou os produtores de conteúdo a criarem vídeos incríveis para a plataforma. Até veículos de comunicação começaram a usar a ferramenta para sua estratégia de marketing digital, e os resultados foram muito positivos. No caso do BuzzFeed, por exemplo, as visualizações dos seus vídeos cresceram 80 vezes em apenas um ano.

Mas será que é assim mesmo?

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É claro que os haters não demoraram para se pronunciarem. Os críticos do Facebook afirmam que ele infla suas estatísticas. Veja só, no Youtube, para um vídeo ser considerado “visualizado”, a pessoa tem que ter ficado nele por pelo menos 30 segundos. No Facebook, esse número cai para três segundos. Com isso, é muito mais fácil um vídeo entrar na métrica de visualizações.

O fato de os vídeos do Facebook não terem som automático também ajuda, pois as pessoas podem vê-los em público sem se preocuparem com o barulho ou se assustarem se o som começar de repente.

Além disso, a explosão de visualizações também tem grande ajuda da reprodução automática. Você nem precisa dar o play no vídeo, ele começa a rodar sozinho quando você passa por ele no feed. Poucos meses depois da implementação desse recurso, o Facebook teve um aumento de 134% na reprodução de vídeos nativos, afinal, tirou do público a opção de não ver.

Outra crítica é de que o Facebook permite que as pessoas publiquem vídeos “roubados”. Ou seja, com direitos autorais que pertencem a outras pessoas. O Youtube, por exemplo, tira vídeos assim do ar. E, no primeiro trimestre de 2015, foram justamente os vídeos roubados os que tiveram maior tráfego no Facebook (17 bilhões de visualizações).

Mais incentivo

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Se não bastassem os vídeos nativos estarem ganhando tantas visualizações, o Facebook quis cuidar ainda melhor da sua cria. Ele passou a rastrear os vídeos e dar mais destaque no feed para aqueles com mais comentários e visualizações. E não é só. Ele também identifica as pessoas que gostam de ver os vídeos (e não os ignoram no feed) e passa a mostrar cada vez mais vídeos para elas, o que aumenta as chances de gerar engajamento.

Oportunidades para empresas

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Os dados de análise do Facebook são muito avançados. Afinal, eles dão acesso ao perfil de cada usuário, com nome completo, preferências, hábitos, opiniões e mais. Essas informações super focadas dão para as marcas a oportunidade de fazerem uma divulgação muito mais certeira e eficaz. Por isso, a rede social é o lugar certo para as empresas publicarem seus vídeos!

E elas estão fazendo isso. De acordo com a Socialbakers, maior empresa de ferramentas de análise de mídias sociais, em dezembro de 2015, o número de uploads de vídeos de marcas no Facebook oficialmente ultrapassou o número de vídeos de marcas no Youtube: foram 20.000 a mais. (os dados são antigos e tem o atualizado do final de 2016, mas resolvemos inserir os de 2015, pois em nossos workshops e palestras, vemos que as lives que é um recurso liberado há mais de 1 ano, nem sequer começaram a ser utilizados)

Além disso, os vídeos nativos do Facebook são um sucesso em termos de alcance orgânico. Ou seja, os usuários estão assistindo aos vídeos e os compartilhando com seus amigos por conta própria. Tudo isso sem a ajuda de campanhas patrocinadas. É ou não é uma grande oportunidade de marketing digital?

No começo de 2016, a Socialbakers afirmou que os vídeos nativos são o tipo de publicação que ganha mais alcance orgânico na rede social. Também descobriu que os internautas preferem os vídeos postados por suas marcas favoritas em comparação com outros posts. Entre as pessoas que já tinham curtido a página de uma marca, os vídeos levaram a um aumento de 148% no alcance.

O futuro

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De acordo com a CNN, “o número de vídeos que um indivíduo posta no Facebook cresceu 94% nos Estados Unidos e 75% no mundo todo entre 2013 e 2015”. No final de 2016, os vídeos do Facebook estavam recebendo 8 bilhões de visualizações por dia.

O diretor de produtos de anúncio do Facebook, Ted Zagat, afirmou em setembro de 2015 que “daqui um ou dois anos, achamos que o Facebook terá principalmente vídeos”. As chances são grandes e agora em 2017 estamos vendo a força que os videos tem ganhado. Faça uma experiência: desça seu feed do Facebook e conte quantos videos tem.

Aparentemente de olho nesse objetivo, a rede social lançou vários novos recursos de vídeo. Entre eles estão relatórios de métricas diários, vídeo ao vivo (desde abril de 2016) e locais específicos onde os usuários podem assistir a vídeos recomendados.

Além disso, em junho de 2014, a empresa já tinha introduzido um recurso de edição que permite que os anunciantes otimizem os vídeos (mais de 3 anos, você já usou essa funcionalidade?) e os direcionem para os usuários que provavelmente mais vão se interessar e que mais podem gerar engajamento. E também é possível colocar um botão de ação no fim de cada vídeo, para que as pessoas cliquem e sejam direcionadas para onde o anunciante quiser.

Se o Facebook lidar com o problema dos vídeos sem direitos autorais, ele pode mesmo ser o principal meio de divulgação de vídeos no futuro. Por isso, as marcas e empresas não podem perder tempo. As mudanças acontecem rápido e, pelo visto, é bom já começar a investir em vídeos no Facebook. Ninguém vai querer ficar para trás, certo?

Você tem publicado vídeos no Facebook? Como eles estão se saindo? Já fez sua primeira live (transmissão ao vivo)?

Compartilhe este texto com seus amigos e se preparem para a era dos vídeos!


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